Atingirmos a neutralidade carbónica é um objetivo global fixado na agenda política internacional desde o Acordo de Paris em 2015.
O Acordo visa alcançar a descarbonização das economias mundiais e estabelece como uma das suas metas limitar o aumento da temperatura média global a níveis bem abaixo dos 2ºC acima dos níveis pré-industriais e prosseguir esforços para limitar o aumento da temperatura a 1,5ºC, reconhecendo que isso reduzirá significativamente os riscos e impactos das alterações climáticas.
A Veolia está entre os principais atores do setor privado envolvidos neste processo e comprometidos com a emergência climática, em linha com a sua missão Resourcing the World.
Três contributos para combater o aquecimento global
1. Em 2018, a Comissão Executiva do Grupo Veolia decidiu, no que diz respeito aos seus próprios ativos, eliminar gradualmente a utilização de carvão. Na prática significa que o Grupo não desenvolve ou adquire novas atividades que gerem eletricidade ou calor com base no carvão, exceto, atividades especificamente destinadas a serem convertidas para outros combustíveis que emitam menos emissões de gases com efeito estufa.
Acresce que as instalações existentes estão também a ser convertidas de forma a eliminar totalmente a queima de carvão e o respetivo impacto de CO2, através da implementação de soluções de melhoria da sua eficiência operacional, da introdução de alternativas ao carvão, quer por via de combustíveis substitutos (resíduos, biomassa ou gás) ou recuperando e usando o calor desperdiçado.
Em aterros sanitários, onde os resíduos depositados e em decomposição emitem metano (um poderoso gás com efeito estufa) a Veolia compromete-se em capturar e queimar o metano, com recuperação de energia sempre que possível, com uma meta estabelecida para 2020 de 60%.
Para atividades e serviços onde a Veolia detém o controlo operacional mas onde o processo de decisão (sobre o mix energético, investimentos, etc) é partilhado com o cliente ou mesmo da total responsabilidade deste, está a desenvolver soluções que ajudem os seus clientes a evitar emissões de gases com efeito estufa, nomeadamente por via da promoção da economia circular e da utilização de energia de base renovável.
Nesse sentido, a Veolia tem vindo a redesenhar a sua oferta de forma a incluir mais soluções e serviços que contribuem de forma efetiva para combater a emergência climática.
2. No caso das emissões que não podem ser evitadas a Veolia compromete-se com a sua compensação através de projetos elegíveis para gerar créditos de carbono. A Veolia esteve também envolvida na criação do primeiro selo de Baixo-Carbono em França, em parceria com o I4CE.
3. A captura de CO2 é a terceira área de contribuição da Veolia para manter o aquecimento global abaixo dos 2°C. Neste campo, a par do investimento em investigação e desenvolvimento e implementação de projetos piloto de captura de carbono em várias geografias, a Veolia apoia nas mais diversas áreas de atividade os seus clientes nesta mudança de paradigma para uma economia neutra em carbono, auditando a situação atual, ajudando na definição do roadmap para a neutralidade carbónica, aconselhando nas soluções mais adequadas.
O Acordo de Paris foi adotado por 196 entidades na COP 21 em Paris, a 12 dezembro de 2015, tendo entrado emvigor a 4 de novembro de 2016. O seu principal objetivo é limitar o aquecimento global para abaixo de 2 graus Celsius, preferencialmente 1,5, comparado com os níveis pré-industriais.
Atingir a neutralidade carbónica em Portugal implica a redução de emissões de gases com efeito de estufa entre 85% e 90% até 2050 e a compensação das restantes emissões através do uso do solo e florestas, a alcançar através de uma trajetória de redução de emissões entre 45% e 55% até 2030, e entre 65% e 75% até 2040, em relação a 2005. Ver o Roteiro aqui