A COP26 realiza-se em Glasgow entre 31 de outubro e 12 de novembro, cerca de seis anos após a assinatura do Acordo de Paris.
A conferência tem como objetivo reforçar e acelerar a ação global num esforço para reduzir as emissões de GEE em 55% e limitar o aumento da temperatura a 1,5°C até 2100. Para além dos países, a batalha para prevenir o aquecimento global depende também do compromisso do mundo corporativo em liderar uma série ainda mais ambiciosa de estratégias climáticas. Em consonância com as recomendações da comunidade científica, a Veolia está a construir um plano de ação com um conjunto reforçado de compromissos climáticos.
Campeã da transformação ecológica, a Veolia será exemplar na sua ação climática
O desafio é grande: responder à crescente procura global de energia (um aumento de 30% até 2040), ao mesmo tempo que se reduz a poluição e se protegem os recursos naturais. Infelizmente, os impactos das alterações climáticas acentuam-se, com o aumento de catástrofes naturais, a escassez de recursos hídricos e o aumento da migração climática.
Segundo o Presidente e CEO do Grupo Veolia Antoine Frérot,
A nova Veolia está na posição ideal para fornecer soluções para os grandes desafios que o ambiente e a sociedade enfrentam, e no topo da lista estão as alterações climáticas. Precisamos de acelerar a transição para a neutralidade carbónica e acelerar o processo de adaptação às alterações climáticas. A Veolia possui os três principais ativos para liderar com sucesso a transformação ecológica─fortes compromissos climáticos, a capacidade de inovar com novas soluções financiadas por investimentos verdes, e soluções integradas que permitem aos seus clientes municipais e industriais descarbonizar as suas atividades e adaptar-se aos efeitos das alterações climáticas.
Veolia reforça os seus compromissos climáticos
No relatório publicado a 6 de agosto de 2021, intitulado "The Physical Science Basis", o Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC) conclui que o clima está a mudar em todo o mundo mais rapidamente do que o esperado: já não temos escolha, o aumento das temperaturas deve ser limitado a 1,5°C até ao final do século se quisermos cumprir os objetivos do Acordo Climático de Paris.
É por isso que, em conformidade com a iniciativa Science Based Targets (SBTi)1, que mobiliza as empresas para estabelecerem objetivos científicos na transição para a economia de baixo carbono, a Veolia ambiciona duplicar o seu objetivo a 10 anos de redução das suas emissões de GEE através de duas estratégias em particular: a eliminação da utilização de carvão na Europa até 2030 e o aumento das taxas de captura de metano nos centros de armazenamento de resíduos. Os objetivos quantitativos, em elaboração, serão validados até 2023 e consagrados no novo plano estratégico do Grupo.
A 27 de setembro de 2021, Antoine Frérot assinou a "Business Ambition for 1,5° C"2 da SBTi. Este compromisso duplica os esforços do Grupo em relação às ambições adotadas em 2019 (22% de redução das emissões de GEE até 2034). A longo prazo, a Veolia tem como objetivo atingir emissões "net zero" até 2050.
Em todas as geografias onde opera, o Grupo irá respeitar o cenário climático mais exigente (+1,5° C em 2100). As suas emissões residuais serão subsequentemente neutralizadas, por exemplo, com recurso a técnicas de sequestro de carbono. Este compromisso diz respeito ao âmbito da nova Veolia, que inclui as entidades da Suez. O preço do carbono será também incorporado nas decisões de investimento.
Greenpath: 100 soluções Veolia para a descarbonização e resiliência dos seus clientes
Para apoiar e orientar os seus clientes industriais e municipais nos seus planos de descarbonização e adaptação às alterações climáticas, a Veolia dispõe da gama Greenpath de 100 soluções para reduzir a sua pegada de carbono em toda a sua cadeia de valor, de acordo com as emissões de Scope 1, 2 e 33 do IPCC.
Por exemplo, a Veolia irá fornecer plásticos com baixo teor de carbono, ou substituir o carvão utilizado para alimentar uma rede de aquecimento urbano por uma combinação de biomassa, combustíveis derivados de resíduos (CDR) e energia residual de instalações industriais. Outro exemplo: para se adaptar às alterações climáticas, o projecto Jourdain, pioneiro na Europa, reutiliza as águas residuais da estação de tratamento de águas residuais de Sables d'Olonne, refinadas numa zona húmida natural, para assegurar os recursos hídricos nos meses de Verão.
Participação Veolia na COP26
- 9 de novembro: o CEO do Grupo Veolia, Antoine Frérot, participou na sessão organizada pela Parceria de Marraquexe para a Ação Climática Global.
- Três webinars que apresentam soluções de mitigação e adaptação da Veolia:
- "Energia: descarbonização e o futuro da energia", com Veolia Reino Unido, Europa (do Norte, Central e Este) e América do Norte.
- "Água: dessalinização, reutilização de águas residuais, digitalização", com Veolia África-Médio Oriente e França.
- "Resíduos: reciclagem de plásticos, combustíveis derivados de resíduos, biogás e muito mais", com Veolia Austrália-Nova Zelândia, América Latina e Ásia.
- Durante os 12 dias da COP26, o Grupo vai apresentar a cada dia uma solução para o clima: eficiência energética na indústria; combustíveis derivados de resíduos (CDR) e cogeração a partir de biomassa; captura, produção e valorização de biogás; fornecimento de plásticos de baixo teor de carbono; fertilizanres orgânicos e bioconversão na produção de energia a partir de biorresíduos; reutilização de água; eficiência energética em edifícios; dessalinização; redes de água e saneamento de baixo carbono (centrais de tratamento positivas em energia); microgrids (estratégias locais de valorização energética de resíduos, armazenamento de energia e flexibilidade elétrica); captura, utilização e sequestro de carbono (CCUS─carbon capture, utilisation and storage); e hidrogénio.
- Os diretores das grandes zonas geográficas do Grupo irão também partilhar uma visão dos seus desafios climáticos e das suas propostas de solução.
1 The Science Based Targets initiative (SBTi)
A SBTi mobiliza as empresas a estabelecer objetivos científicos e impulsionar a sua vantagem competitiva na transição para uma economia de baixo carbono. Trata-se de uma colaboração entre o CDP, o Pacto Global das Nações Unidas, o World Resources Institute (WRI) e o World Wide Fund for Nature (WWF), e um dos compromissos da We Mean Business Coalition. A iniciativa define e promove as melhores práticas na definição de objetivos de base científica, oferece recursos e orientação para reduzir as barreiras à adoção, e avalia de forma independente os objetivos estabelecidos pelas empresas.
2 Business Ambition for 1.5°C
"Business Ambition for 1.5°C" é um apelo urgente à ação por uma coligação global de agências da ONU, líderes empresariais e industriais, em parceria com a Race to Zero. As empresas estão empenhadas em estabelecer objetivos ambiciosos de redução de emissões com base científica. Ao apontar para um objetivo "net zero" em linha com +1,5°C em 2100, 900 empresas estão a contribuir para limitar os impactos das alterações climáticas.
3 Scopes de emissões do IPCC
- Scope 1: Soma das emissões diretas resultado da queima de combustíveis fósseis (petróleo, gás e carvão), detidas ou controladas pela empresa.
- Scope 2: Soma das emissões indiretas associadas à aquisição ou produção de eletricidade.
- Scope 3: Soma de todas as outras emissões indiretas.